Prefeitos das principais cidades do País
avisaram nesta quinta-feira, 22, a presidente Dilma Rousseff que estão
dispostos a colaborar com a aprovação da nova CPMF no Congresso desde que os
recursos sejam repartidos entre municípios, Estados e União e destinados à
saúde.
A proposta que o governo enviou ao
Congresso Nacional fala em uma alíquota de 0,20% exclusivamente para a União e
que o dinheiro arrecadado, cerca de R$ 32 bilhões, seria usado para cobrir o
rombo da Previdência Social.
A ideia para contemplar os demais entes
federativos é que a alíquota passe para 0,38%, mas não há consenso de como esse
valor seria dividido entre as três partes interessadas. O governo também já
avisou que não vai abrir mão de destinar os recursos que lhe cabem à Previdência.
Nesta quinta-feira, Dilma passou o dia em
negociação com três entidades que representam municípios de todo o País. Diante
dos impasses, porém, uma nova rodada de conversa foi marcada para a próxima
terça-feira.
A Frente Nacional dos Prefeitos, que reúne
prefeitos de cidades com mais de 200 mil habitantes, foi a que se mostrou mais
irredutível na discussão. O presidente da FNP, Marcio Lacerda (PSB), que é
prefeito de Belo Horizonte, disse que eles só irão apoiar o novo imposto se os
recursos forem destinados exclusivamente para saúde. Segundo ele, como o
governo federal cortou o orçamento da área para este ano, a situação já está
crítica em muitos municípios.
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