Uma legislatura que pode ser a pior

Nauseante acompanhar o noticiário sobre a Câmara Municipal de Apodi. Nosso parlamento local, com honrosas exceções, virou um armazém de secos e molhados. Para grande parte de seus membros, não dizem pra que veio.

Cumprir as obrigações constitucionais legiferante, e, sobretudo, fiscalizadora, não passa de letra de lei morta. A função julgadora, então, nem se fala. Muitos até que cumprem a função de assessoramento ao Executivo. Mas a que custo?

Grande parte dos nossos vereadores, ridicularmente, se recusa até a debater as propostas apresentadas pelo governo municipal. Ao mesmo tempo que criticam algo que não está sendo feito, rejeitam as mesmas melhorias na hora de aprovarem.

Incrível que não se deem conta da importância do cargo para o qual foram eleitos. Para alguns, mostrar bravura – ou bravata – é ficar discutindo, pelas redes sociais, com blogueiros, radialistas, eleitores ou quaisquer outras pessoas, num diálogo pedestre que, muitas vezes, apenas revelam o tamanho a que se acostumaram a ter.

Temos, sem sombra de dúvidas, uma das piores legislaturas na história da Câmara Municipal de Apodi. É minha opinião como eleitor e cidadão.

Na sua grande maioria, demonstram alienação excessiva, subserviência desmedida, apego demasiado ao poder e desídia para com as funções do cargo.

Pode ser de menos – talvez o seja – mas não aprovarem algo de bem comum para coletividade e quando aprovam é nas últimas. Esquecem que são detentores de cargo em que detém um poder, e que estes lhe apresentam como ônus, um dever.

Finalizo com um pedido, sem querer parecer simplista demais: não apequenem nosso Legislativo.

Adaptado do texto de Márcio Alexandre.