quinta-feira, 8 de junho de 2017

Processo do MPF mostra que Henrique teria recebido 2 milhões como garantia para vender a Caern

Sobre a privatização da Caern…

Quem queria vender a Caern?

Em delação que o nome do governador Robinson Faria (PSD) foi citado, se falou em possibilidade de privatização da Caern.

O assunto ficou na citação, e o que se viu foram entrevistas sucessivas do governador afirmando que não privatizaria a Caern.

Mas a Odebrecht queria porque queria a Caern, e viu a porta aberta com a possibilidade do então candidato Henrique Alves (PMDB) ser eleito.

Tanto que, segundo o processo do Ministério Público Federal do Rio Grande do Norte, que determinou a prisão de Henrique, 2 milhões foram pagos ao então candidato já como garantia de que a Caern seria vendida.

Veja trecho do processo que comprova isso:

Por outro lado, ainda em relação à Odebrecht, outros executivos que celebraram acordo de colaboração premiada no âmbito da “Operação Lava Jato” revelaram que, entre agosto e outubro de 2014, foram repassados, à campanha de Henrique Eduardo Lyra Alves a Governador do Rio Grande do Norte R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) em recursos não contabilizados ou não informados em prestações de contas eleitorais (“caixa dois”). O pagamento dos valores foi acertado entre o executivo Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis, Eduardo Cosentino da Cunha e Henrique Eduardo Lyra Alves em uma reunião na Câmara dos Deputados em 06/08/2014. Informação da Câmara dos Deputados comprova que Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis efetivamente esteve na presidência do órgão legislativo, na época ocupada por Eduardo Cosentino da Cunha, na data em que ocorreu a negociação. As quantias foram repassadas em razão do interesse da Odebrecht em investir na privatização da Companhia de Água e Esgoto do Rio Grande do Norte – CAERN, um dos projetos de Henrique Eduardo Lyra Alves, que seria implementado caso fosse eleito. Os detalhes da situação foram tratados entre outro executivo da Odebrecht, Alexandre José Lopes Barradas, e Jaime Mariz de Faria Júnior, espécie de auxiliar do candidato em relação ao assunto, o qual ocupava cargo comissionado no Ministério da Previdência Social. Também se obteve registro da entrada de Alexandre José Lopes Barradas no prédio do Ministério da previdência Social na época dos fatos. Por outro lado, constam do sistema de gerenciamento do Departamento de Operações Estruturadas (propina) da Odebrecht registros do pagamento das quantias em questão, associados ao codinome “Fanho”, em alusão ao característico timbre de voz de Henrique Eduardo Lyra Alves. De resto, em datas próximas às da reunião inicial e da própria efetivação dos pagamentos, foram identificados contatos telefônicos entre Eduardo Cosentino da Cunha e Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis. Todos os elementos relacionados ao fato foram encaminhados à Polícia Federal em momento posterior, fora dos autos do Procedimento Investigatório Criminal n. 1.28.000.001968/2016-92, para juntada ao inquérito policial cuja instauração foi requisitada.

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