segunda-feira, 31 de julho de 2017

Será que faz sentido?

Por Angelo Castelo Branco

A mega crise em que o Brasil mergulhou nos últimos anos tem também algo de positivo. Estamos verificando a cada dia que a nação não tem mais condições de sustentar um governo perdulário que consome o nosso dinheiro em desvios de verbas, em obras inúteis, em privilégios, e incompetente para cuidar do que é preciso como é o caso da educação pública de qualidade.

Os arranjos de grupos políticos que assumem a gestão da riqueza brasileira são comandados por criaturas desqualificadas e incompetentes.

Os ministérios poderiam ser suprimidos dando lugar a agências reguladoras constituídas por técnicos especializados em cada segmento. Os serviços deviam ser privatizados e entregues a organizações mediante rigorosos contratos de preservação e fiscalização de qualidade.

É melhor pagar por um serviço privatizado que funcione do que pagar impostos a setores públicos que não funcionam e não nos oferecem o serviço a que se propõem. Sem falar que o nosso dinheiro recolhido através de impostos é brutalmente desperdiçado.

Estamos vivendo um momento interessante. Os conhecidos líderes políticos estão assustados com a transição que se apresenta em nossa frente, porque eles perderão suas mordomias e passarão a ser cidadãos comuns como todos nós.

Essa, inclusive, e a realidade de países que romperam a linha do atraso como a Suécia e Finlândia, onde os gestores públicos e os políticos são meros servidores que andam de ônibus e até de bicicleta.

O nosso subdesenvolvimento ainda é visível e palpável nas nossas narrativas. A nossa discussão política não confere importância à competência do candidato e sim a seus aspectos populistas.

Ninguém pergunta qual a formação técnica e acadêmica de quem deseja representar o povo no poder executivo ou no poder legislativo. Elegemos pessoas porque são de esquerda ou porque são de direita. Simples assim. Não levamos em conta o perfil profissional.

Por isso que o país continua atrasado. Por isso que o dinheiro público é posto no lixo. Por isso continuamos sendo assaltados nas ruas e colocados em corredores de hospitais fétidos aos cuidados de médicos atônitos e sem condições de exercerem a sua profissão. 

Por isso as nossas professoras estão sendo agredidos em salas de aula. Por isso continuamos pobres há 500 anos.

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