Por
Angelo Castelo Branco
A mega crise em que o Brasil mergulhou nos últimos anos
tem também algo de positivo. Estamos verificando a cada dia que a nação não tem
mais condições de sustentar um governo perdulário que consome o nosso dinheiro
em desvios de verbas, em obras inúteis, em privilégios, e incompetente para
cuidar do que é preciso como é o caso da educação pública de qualidade.
Os arranjos de grupos políticos que assumem a gestão da
riqueza brasileira são comandados por criaturas desqualificadas e
incompetentes.
Os ministérios poderiam ser suprimidos dando lugar a
agências reguladoras constituídas por técnicos especializados em cada segmento.
Os serviços deviam ser privatizados e entregues a organizações mediante rigorosos
contratos de preservação e fiscalização de qualidade.
É melhor pagar por um serviço privatizado que funcione do
que pagar impostos a setores públicos que não funcionam e não nos oferecem o
serviço a que se propõem. Sem falar que o nosso dinheiro recolhido através de
impostos é brutalmente desperdiçado.
Estamos vivendo um momento interessante. Os conhecidos
líderes políticos estão assustados com a transição que se apresenta em nossa
frente, porque eles perderão suas mordomias e passarão a ser cidadãos comuns
como todos nós.
Essa, inclusive, e a realidade de países que romperam a
linha do atraso como a Suécia e Finlândia, onde os gestores públicos e os
políticos são meros servidores que andam de ônibus e até de bicicleta.
O nosso subdesenvolvimento ainda é visível e palpável nas
nossas narrativas. A nossa discussão política não confere importância à
competência do candidato e sim a seus aspectos populistas.
Ninguém pergunta qual a formação técnica e acadêmica de
quem deseja representar o povo no poder executivo ou no poder legislativo.
Elegemos pessoas porque são de esquerda ou porque são de direita. Simples
assim. Não levamos em conta o perfil profissional.
Por isso que o país continua atrasado. Por isso que o
dinheiro público é posto no lixo. Por isso continuamos sendo assaltados nas
ruas e colocados em corredores de hospitais fétidos aos cuidados de médicos
atônitos e sem condições de exercerem a sua profissão.
Por isso as nossas professoras estão sendo agredidos em
salas de aula. Por isso continuamos pobres há 500 anos.
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