sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Os pequenos municípios e a política nacional

Para uma gestão municipal eficiente, um dos obstáculos é a manutenção da chamada velha política, onde predominam práticas coronelistas e uma política personificada em figuras. Ao mesmo tempo, quem ocupa cargos na esfera federal detém poder orçamentário, o que pode influenciar diretamente as eleições municipais. Esse é um apoio que o governo precisa para se manter e governar quando acontecem as eleições parlamentares, que definem os 81 senadores e 513 deputados do Congresso Nacional.

Vale lembrar que a trajetória de grandes políticos geralmente não começa em Brasília, mas em municípios e estados, onde as primeiras alianças são estabelecidas. Quando esses mesmos políticos passam a ocupar cargos na esfera federal, continuam favorecendo seus aliados locais por medo das consequências que um rompimento com o modo vigente traria para as próximas eleições para cada partido, segundo a obra “Barões da Federação”, do cientista político Fernando Abrucio.

Para combater essa realidade pouco adianta – sem diminuir a importância desses mecanismos – criar legislações eleitorais mais rígidas ou burocracias nos processos de prestação de contas de campanhas políticas, se pequenos municípios não têm capacidade de executar ou fiscalizar esses aspectos. Dar um passo para trás e considerar a realidade local dessa parcela da população é fundamental.

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