A
sua opinião pesa muito mais do que você imagina. Dois episódios recentes no Congresso
Nacional ilustram bem como a chamada pressão das bases vem fazendo a cabeça dos
nobres parlamentares.
O
Senado ameaçou, ameaçou, mas, sentindo o pulso dos eleitores, não teve peito de
desacatar o Supremo Tribunal Federal no caso do recolhimento noturno de Aécio
Neves.
Recuou.
Optou por esperar pelo menos até quarta, dia 11, por novo pronunciamento do
STF. Na Câmara, outro recuo diante de outra indecência: a que estenderia a
corruptos de plantão o direito a privilégios na renegociação de dívidas
tributárias.
São
exemplos de que, mesmo em nossa democracia cheia de defeitos, é o engajamento
da sociedade que dá as cartas, sim.
Estamos a um ano das eleições.
O
Brasil tem chance de sair da Lava Jato melhor do que a Itália saiu da Operação
Mãos Limpas.
Lá,
o octogenário e cassado Silvio Berlusconi está de volta à cena política graças
a infindáveis apelações à Justiça e à aprovação de leis oportunistas,
concebidas apenas para servir aos políticos investigados, sempre em prejuízo do
eleitor.
A
grande diferença: há 25 anos, época da Mãos Limpas, não havia redes sociais.
O
eleitor brasileiro tem se mostrado um craque no uso dessas preciosas
ferramentas junto aos governantes.
Os resultados são imediatos e visíveis.
O
eleitor manda, e o eleito – quem diria – muitas vezes obedece, sim.
Eu,
como blogueiro, não pretendo baixar a guarda.
Vou
seguir lutando por um Brasil melhor, mais democrático, mais decente.
E
o povo de Apodi deve fazer o mesmo, cobrando e reivindicando as melhorias que
tanto necessitam.
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